sábado, 6 de setembro de 2014

data...

vida...
Dia menos lindinho...há alturas na vida, que por mais que caminhes, o destino é sempre o mesmo, e de que vale tudo o que tu fazes?!

O tronco da árvore, 
a árvore que há tempos escrevi...simplesmente quebrou-se,
quebrou-se pelo tronco...
não floresce mais...
Nada de verde sobrevive,
As folhas soltas em remoinho na tempestade...
Jorram sangue em lugar de seiva,
Os seus galhos estatelam-se sobre o chão.
Um dia mais tarde servirão na fogueira.
Onde se quebra o coração,
Onde a pele queima,
E nela se formam cicatrizes,
O mapa de uma vida.
Uma vida que por tudo trocava.
E este lenço que trago no pescoço,
Que tantas vezes me aconchegou com o seu calor,
Hoje, absorve as minhas lágrimas,
Que nem sinto...no rosto.
Um dia, os sonhos foram lindos,
Em sorrisos,
Olhares,
Na simplicidade da pura frontalidade,
Formaram um mundo bordado de luas pequenas.
Em soluços o nó na garganta,
Sufocava as mais belas palavras,
Que do sonho brotavam,
Estremeciam todos os segundos, minutos, horas e dias.
A água gélida sobre os troncos caiu...
E o seu olhar consigo ruiu...
Olhar congelado refletiu a dor,
Nele sentida...
O sonho de AMOR...UMA VIDA SENTIDA PERDIDA...
Uma lágrima sai da alma...
passa-me entre dedos...
e nem lhe consigo tocar...
Só não a queria deixar cair.
As folhas voam com o vento,
enquanto eu caminho parado, sem sentido, as ruas estão vazias,
mas não tão vazias quanto eu...
E hoje o que resta!?..
Um caco de mim, que me corta a todos os momentos,
uma data, de uma vida...

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