Entraste na minha vida sem eu pedir, sem eu querer...
Quando dei conta já não suportava a tua ausência..
Quando dei conta do nada fizeste tudo...
Quando dei conta sentia o teu silêncio no meu peito e gritava por ti num olhar de saudade!!!!
Fiquei.
Ficaste.
Ficamos.
Veio o vazio que traz tudo.
Veio o vazio que ocupa tanto e é tão pesado...
A realidade transforma o sonho e desperta a raiva de que esteve tudo assim tão perto... Um instante decisivo....
O tempo passou e passaram os momentos adiados para mais tarde, que foram prometidos mas que nunca vieram!
Um dia olhei-te nos olhos e, inexplicavelmente, senti que era aí que eu pertencia...
O tempo encarregou-se de nos unir e de nos levar a um estado de tranquilidade e de um amor intenso que não se alimentava de intenções mas vivia de momentos.
Não me lembro do que nos rodeava, não me lembro das palavras, não me lembro do tempo que passou...
Lembro-me que um olhar que preenchia o meu dia, que um toque alimentava o meu amor, que nos perdíamos num momento só nosso, sem data nem hora marcada.
Era o tempo do tempo passar e, passou...
São para ti, e só para ti, estas palavras porque só tu as poderás entender!
Só as posso escrever porque tenho por companhia a solidão, carrego a angústia e fica somente a saudade....nestas linhas todo o misterioso desaparece, dando lugar apenas ao que é natural, simples e claro....
O que me fazes sentir....AMOR.
Não quero saber onde estou...
Não te interessa onde estou!
Não estou contigo....
Estou perdido no silêncio de um barulho ensurdecedor que me enlouquece a alma!
E faz parar o mundo...
Queria poder acreditar....
Queria saber que podia ser possível...
Queria tanto...
Quando um sonho parece possível e a realidade nos impede de o sonhar...
O gosto amargo da dor impede-me de sorrir...
Está tão longe e tão perto que me desconserta...
Um aperto solto que não chega para me sentir seguro....
Um lugar seguro sem morada certa...
A certeza da incerteza...
Sufoco o grito no meu peito....
Sorrio fácil para disfarçar...
Respiro fundo antes de falar para a minha voz não tremer...
E mesmo assim, a dor transforma-se em lágrimas que não controlo....
E desmancho-me no silêncio....
Dói tanto....
Só eu sei o que luto e o que me sai do corpo e da alma!
Sapos que engulo que ainda nem os digeri!
Só eu sei o quanto me atropelo para num labirinto fazer manobras para não tocar em nada!
Só eu sei as vezes que tenho que calar os meus gritos!
Só eu sei o quanto prendo o meu corpo para não o deixar exprimir o quanto me custa!!!!
Não me fales mais ao ouvido para me roubares um sopro de ingenuidade que solto enquanto luto para não me perder nos teus braços.
Por mim e por ti não vou deixar que transformes um mundo perfeito em um nada que nem quero recordar...
Um dia, um dia vais voltar desse lugar onde te escondes e para onde foges...
Vais voltar e vais perceber que foi por nós que sofri e que lutei mesmo contra ti, foi pelo que um dia nos uniu e que pode ser o que temos de melhor, que te deixei, que esperei... que estou aqui!
Até lá...
Somos simpaticamente falsos, hipocritamente simpáticos e convivemos assim tão fácil que até enjoa.
Somos felizes na inocência de um elogio falso, somos felizes num cenário que os outros criam para nós e que o tratam de forma "queridinha", somos apunhalados pelas costas com uma "faquinha" que nem sabes de onde vem mas que encaramos de forma quase natural, somos enganados por diminutivos que nos alimentam o ego e nos elevam a estima mas, na verdade não somos ninguém...
Eu...
Gosto de respirar o silencio.
Gosto de um sorriso com o olhar.
Gosto do som do teu respirar.
Gosto do que dizes sem falar.
Gosto de olhar.
Gosto do silencio das palavras.
Não gosto do barulho do silencio.
Não gosto da dureza das palavras.
Gosto do som das ondas.
Gosto do que dizes quando não dizes nada.
Gosto de chá.
Gosto de canela.
Gosto das letras.
Gosto de ti.
E quando descobres que o teu sonho é o pior dos teus pesadelos?
Que lutaste por um sonho de mentira que te prometram?!
As vezes acho que sou uma nuvem....
Achas que eu não vejo.
Achas que porque relevo ou porque não digo, é porque não sei!
As vezes prefiro estupidificar-me e deixar-te pensar que és um Ás....
Achas que ficas acima de qualquer questão quando nem imaginas que eu sei...
Que eu sinto!
Quando olhares e saíres do cimo do teu pedestal, talvez me vejas...
Não me fales mais ao ouvido para me roubares um sopro de ingenuidade que solto enquanto luto para não me perder nos teus braços.
Quando tudo é um nada que nos enche a alma...
Quando basta um toque para que o coração pare...
Quando o silêncio da tua voz diz tanto que me faz sorrir...
Quando um olhar toca no peito e faz tremer o chão...
Quando suspiras sem porquê....
Quando a Terra do Nunca parece que pode existir....
Nesse momento tudo pode acontecer...
Perde-te na vida para não perderes a vida....
São para ti estas palavras porque só tu as poderás entender!
Quero-te como ar para respirar...
Quero que ser capaz de suportar os teus defeitos e tu os meus!
Quero amar-te mesmo assim, e aprender a ser melhor contigo.....
Mas...
Pára de me magoar com o amor que sentes por mim e que não me podes dar.
Pára de me magoar com as promessas de um final feliz quando me tiras o chão a cada instante....
Pára de me magoar com momentos que me enchem de esperança e que se esvaziam num instante...
Pára de me magoar com esse teu amor que me faz chorar a sorrir porque me dá o que nunca tive e nuca terei....
Quando Tudo e Nada estão no fio da navalha e tudo e nada valem tanto....
Há momentos em que tudo vira questão...
Há momentos em que a dor é tanta que será que tem que ser assim?
Os nadas tomam proporções de gigantes e tudo o resto reduz -se a nada...
E é assim que fico...e é aí que paro...
Sem chão.
Sem tempo...
Deixo-me ir sem saber para onde vou...
Sinto só o impulso.
Um sopro de vida que ainda resta.
Espero o momento em que vou cair.
Eu sei que vou cair e não me consigo mexer....
A força que não tenho é a que me impede de reagir...
Basta uma brisa para me desmanchar....
Tão frágil e tão certa que me faz perder o sentido....
Não e difícil lutar pelo que se quer....
Difícil e desistir do que se ama....
Porque sim.
Só porque sim.
Só porque quero.
Porque preciso.
Quero os teus braços a minha volta agora.
Porque preciso.
Onde estás?
Porque é que não estas aqui?
E fico de novo sozinho....
Porquê? Eu sei. Tu sabes. Ate quando?
Prometi nunca gostar de alguém como te gosto e nem assim me sinto incoerente, ou talvez sinta e a coisa mais bela do mundo seja mesmo a incoerência, fazer agora o que não seria capaz de fazer antes, toda a razão está sobrevalorizada, pois se o que nos faz feliz raramente tem qualquer motivo porque haveríamos de colocar a razão acima de tudo?
O dia em que te abandonei, foste tu que não quiseste ficar.
Vendo bem as coisas o mundo é simples, pelo menos o mundo que te interessa:
existe o teu sorriso e a vida, e logo ali se entende com facilidade o que é um pleonasmo, e sobretudo o desperdício de palavras que há por aí.
O dicionário perfeito teria a tua foto na capa e todas as folhas em branco por dentro, e então a linguagem voltaria a nascer, o teu rosto por si só ocuparia o começo da língua, todos os historiadores falariam na revolução do teu corpo, e quando se chegasse à última página já eu tinha rasgado todas as outras...
No dia em que te abandonei quis que ficasses para me veres voltar, é assim, sabias?.. que os poetas amam, imaginei que me esperavas com a lingerie da nossa primeira noite, o sorriso maroto das tuas pernas entreabertas, os lábios pintados só para me marcares a sério, eu iria fazer-me de difícil, sabes como é, um olhar sério para aqui, uma palavra seca para ali, talvez até uma lágrima que soltei em frente à loja de electrodomésticos antes de voltar, tu irias pedir por favor para eu te perdoar do que, nessa altura, juro-te, já não saberia o que seria, só iria querer os lençóis fechados e o teu corpo frio no meu para inventarmos o calor perfeito.
Quis puxar a corda para impedir que rebentasse, perceber que ainda me querias para depois do orgulho, dar-te segurança e me sentir seguro, e quando me deitei tu não estavas e era eu e o poema, todas as mentiras que a tua voz criou logo ali foram desfeitas, mas que treta é essa de o artista ser solitário quando todos os dias procuro escrever uma obra de arte e só te escrevo a ti!
No dia em que te abandonei, foste tu que não quiseste ficar.
Marcas na pele podem ser temporárias.
As da alma ficam, moem remoem e nunca mas nunca se apagam.
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015
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