domingo, 18 de agosto de 2013

tempo

Percorrendo areias revoltas
Pelos dedos, que se entrelaçam nas algas
De águas agitadas
Olhando o oceano azulado,
Levanto o olhar avistando
O céu em tom aveludado.
O negro da noite veste
Todo o oceano,
Todo o céu,
Todo o meu corpo,
Restando somente a lua,
E as estrelas.
Num brilhar intenso
Que me deixa a alma nua.

Olho dentro de mim
Bem no fundo,
Solto uma voz profunda
Que arrepia o meu mundo,
Murmuro...
Com tal voz inquietante
Que se torna arrepiante...
É tempo de partir,
Tempo de voar...
Tempo de fugir...
Não vou ficar mais tempo.

É tempo de caminhar,
Tempo de outros trilhos,
Tempo contra tempo!
E quando a chuva da saudade
Afagar o meu rosto,
Talvez eu retorne
Em pensamento.
Talvez eu solte,
Um breve lamento...
Um breve instante.
Retomando uma nova forma
De caminhar,
Quero voltar a sonhar...
Solto os pés fincados no rochedo,
É tempo de respirar...
Agora é tempo de voar.


18-8-2013

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