Provoca inúmeros efeitos colaterais.
Continuo nesta viajem sem volta ao infinito.
Uma interiorização exteriorizada que busca respostas para as dores mundanas através do amor.
Cai no penhasco sentimental e descobri o que há lá no fundo.
E aqui o meu corpo fatalmente encontra-se com o chão esburacado, repleto de pedrinhas pontiagudas que me ferem no exato momento da queda.
É assim quando se cai dos braços do corpo amado e se exclama o êxtase divino que nunca me solta; pois tal tropeço é mais dolorido do que qualquer outro, dilacera não só o meu corpo, alma e espírito, mas também o meu coração.
Tal sentimento que aguça a curiosidade e satisfaz a fome de prazer é uma droga da qual sou perdidamente viciado.
Não há outra definição para o amor senão esta, aquelas pequenas coisas.
Mesmo quanto morno, traz o calor do outro corpo; mesmo quando selvagem, traz a calmaria de um barco à vela. É tão contraditório que faz sentido, tão impressionante que torna a vida diferente, um toque de sabor especial.
Está além dos meus controles, é algo tão instintivo que só poderia ser humano, tão forte que só poderia ser parte da vida; na verdade, sentir alguém dentro de nós é apenas um gostinho da imensidão universal que é um amor verdadeiro.
Os teus olhos, a tua boca, essas curvas, tudo em ti forma o conjunto perfeito que me faz perder os sentidos.
Beijar a boca, ir tirando a roupa ainda provocam instintos insanos em mim como se fosse a primeira vez, gemidos, sussurros, respirações alteradas ecoam na minha mente sempre que recordo daquela noite fria em que só o calor dos nossos corpos juntos me bastava.
E cada vez que amanhece o raiar do sol traz junto a si a lembrança do teu sorriso que segue iluminando os meus dias.
Agradeço há vida por os meus melhores momentos terem sido contigo.
Vejo a tua imagem em todas as minhas paredes.
O teu gosto ficou na minha alma, o teu cheiro nas minhas almofadas e até hoje, sim hoje mesmo, vejo o teu caminhar.
Aqui, ficou mais frio e o lá fora um pouco mais cinza, o meu andar mais lento com uma realidade mais profunda e dolorosa.
Já não sinto o açúcar das coisas e nem vejo as flores, não há mais o que me alegre nisso.
E eu, que era, tão cheio de certezas, agora vivo em duvidas, dividas da vida, tenho até a dúvida de se algum dia vou cruzar contigo na mesma rua.
Haverá um lugar, um confuso casarão onde os sonhos serão reais e a vida não, por ali reinaria o meu amor com os seus risos, os seus ais, a sua tez e uma cama onde à noite, sonhasse comigo?!

E aqui entre quatro paredes, abraço a tua fotografia...
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