terça-feira, 20 de agosto de 2013

pensamentos...

O sentir-se só, é um pouco complexo, muito derivado ao quotidiano da vida hoje em dia ou do actual estado da sociedade.
Vivemos numa época em que tudo tem um preço, mas nada tem valor!
Com isto todos nós acabamos por levar algumas pancadas da vida.
Seja por sentimentos, saúde ou simplesmente por um vago e natural momento, acabamos por passar um pouco por este pensamento.
Quantas vezes num simples momento a conduzir o nosso carro de regresso a casa, passamos o pensamento por lugares vazios da vida?
Olhando a estrada como se não tivesse um fim!
Das bermas ao prado no horizonte tudo se resume a pó, como um vazio completo existencial!
Quantas vezes nós não estamos no centro do mundo, levamos a mão pelo bolso dentro, e de lá retiramos a chave de um bom carro, um maço de notas perdido entre moedas soltas!
Mais um cigarro, inalando o seu fumo, e pensamentos!
No meio dos amigos que bebem mais uma cerveja como se a vida se resumi-se a isso, gritam ou dançam.
O nosso pensamento está sentado sobre a falésia, olhando o mar que não tem fim, nem fundo.
Observa-se o céu sem sol, lua ou estrelas, como se estivesse coberto por nuvens imaginárias em tons de cinzento.
Respira-se fundo, sonhos!
Congelam pensamentos, e as cicatrizes na pele, que a vida um dia nos tatuou, ficam vivas, jorram sangue em forma de lágrimas.
Quantas vezes não temos um desgosto de amor, o coração fica ferido, como que escorrendo dor e sangue pelas das nossas mãos, sem pedir licença, palpita em todo o corpo!
E entre um cigarro e outro, as lágrimas lavam um rosto ferido, o espaço em volta se reduz a nada, e refugiamos pelo nosso retiro em solidão...
Como se o mundo lá fora não existisse.
Quantas vezes não perdemos o pensamento, que tantos há no mundo, muito pior que nós?!
Quantas vezes não deveríamos dar valor ao que temos?
As pequenas coisas que tão grandes são.
Porque quantos há, que nem metade têm?...Esses sim, estão sós!
Vivemos num mundo em que: uns com tanto e outros com tão pouco.
E nós não somos os que estamos, em mais dificuldades, mas mesmo assim...
Quantas vezes não estamos no meio de tantos e nos sentimos sós?!



Este texto foi escrito, algures numa aula!
23-7-2013




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